Karl Marx 1818-1883

 


Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é transformá-lo.

Uma ideia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas.

Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.

A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo.

O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da existência do homem; a essência domina-o e ele a adora.

Se o bicho da seda tecesse para ligar as duas pontas, continuando a ser uma lagarta, seria o assalariado perfeito.

Os operários não têm pátria.

Os homens fazem a sua própria história, mas não o fazem como querem... a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos.

A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.

A imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas.

Do mesmo modo que não podemos julgar um indivíduo pelo que ele pensa de si mesmo, não podemos tampouco julgar estas épocas de revolução pela sua consciência, mas, ao contrário, é necessário explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito existente entre as forças produtivas e as relações de produção.

A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos.

Os trabalhadores não têm nada a perder em uma revolução comunista, a não ser suas correntes.

Na manufatura e no artesanato, o trabalhador utiliza a ferramenta; na fábrica, ele é um servo da máquina.

O capitalismo gera o seu próprio coveiro.

O trabalho não é a satisfação de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer outras necessidades.

A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas.

Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites.

Horrorizai-vos porque queremos abolir a propriedade privada. Mas em vossa sociedade a propriedade privada já está abolida para nove décimos de seus membros.

Antes um fim com terror do que um terror sem fim!

De cada um, de acordo com suas habilidades; a cada um, de acordo com suas necessidades.

A burguesia rasgou o véu de emoção e de sentimentalidade das relações familiares e reduziu-as a mera relação monetária.

O Governo do Estado moderno não é se não um comitê para gerir os negócios comuns de toda a classe burguesa.

Não basta que as condições de trabalho apareçam num pólo como capital e no outro pólo, pessoas que nada tem para vender a não ser sua força de trabalho. Não basta também forçarem-nas a se venderem vonlutariamente. Na evolução da produção capitalista, desenvolve-se uma classe de trabalhadores que, por educação, tradição, costume, reconhece as exigências daquele modo de produção como leis naturais evidentes.

Na sociedade burguesa reina a ficção jurídica de que todo ser humano, como comprador, tem um conhecimento enciclopédico das mercadorias.

A propriedade privada dos meios de produção deve ser eliminada, não toda de uma só vez. Mas através do imposto de renda progressivo. Esse processo poderá levar várias gerações.

O judeu se emancipou de maneira judaica, não apenas porque ele adquiriu poder financeiro, mas também porque, inclusive através dele, o dinheiro se tornou o poder do mundo e o espírito judeu prático se tornou o espírito prático das nações cristãs. Os judeus se emanciparam na mesma medida em que os cristãos se tornaram judeus.

Qual é a base secular do judaísmo? A necessidade prática, o interesse próprio. Qual é a religião mundana do judeu? O negócio. Qual é o seu deus mundano? O dinheiro.

Nós não temos compaixão e não pedimos nenhuma compaixão a vocês. Quando chegar a nossa vez, não vamos arranjar desculpas para o terror.

⁠O próprio problema só se apresenta quando as condições materiais para resolvê-lo existem ou estão em vias de existir.

⁠A história inteira não é senão uma transformação contínua da natureza humana.

⁠Se o homem goza de liberdade em sentido materialista quer dizer que é livre não pela força negativa de poder evitar isso e aquilo, mas pelo poder positivo de fazer valer sua verdadeira individualidade.

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