Fortaleza em chamas
Fortaleza em chamas
Temporada 1
Episódio 1
A bolsinha verde-limão de alcinha lilás amanheceu na areia da Praia do Futuro no domingo de Páscoa. O turista italiano a deixou com o salva-vidas, que entregou ao policial.
Na delegacia o inspetor Iatagan ficou responsável pelo caso.
– Olha isso! Só pode ser bolsa de rapariga. Me admira uma moça dessa não saber como o mar daqui é traiçoeiro.
– Pois é, Doutor. A informação que temos é que ontem a barraca do Chico do Caranguejo tava lotada e que choveu a noite toda. Chuva de vento.
– Parabéns, Eugênio. Se você continuar assim, vai virar agente logo logo. O caso está quase solucionado. Só falta ver o que tem dentro da bolsa. Pode abrir.
O assistente colocou as luvas de borracha, virou a bolsa sobre a mesa e com uma pinça foi separando os objetos.
– Quatro notas de cem reais, um baton vermelho, uma carteira de identidade, um terço de madrepérolas, a foto de uma velhinha e um iPhone branco todo encharcado... Ô dó!
– Agora ficou fácil, Geninho. Até a carteira de identidade tá aí. Qual o nome da princesa?
– É Clodoaldo José da Silva, doutor
– Eitaaa! Agora lascou. Esses baitolas vão acabar dominando o mundo. 400 reais? Quem paga isso pra um traveco? Só gringo mesmo.
– Chefe, parece que Sr. Clodoaldo foi enganado. As células estão soltando a tinta toda. Falsificação grosseira. Vou encaminhar para perícia técnica junto com o celular. Deve ser daquela casa de câmbio do Porto do Pecem.
– É Eugênio ... parece que a coisa não é tão simples e eu nessa dor de cabeça miserável. Ligue para o IML e para os hospitais da região. Veja quem deu entrada nas últimas 24 horas.
– Deixa comigo, chefe. Descanse um pouco. Eu gosto de plantão assim: animado.
– É, eu sei. Ô ressaca infeliz...!
Às onze horas da manhã, Eugênio retorna com um café e o resultado das investigações iniciais.
– Inspetor, o Sr. Clodoaldo não tem passagem na polícia. Ainda não o encontramos, mas deu entrada no pronto socorro da Varjota um polaco todo azunhado com o ouvido cheio de areia. É o Sr. Zauer Zielinski. O fogoió tá no soro glicosado há seis horas e não acorda. Pense numa cachaça, doutor!
– Vixe!
– Ah! Eu já ia esquecendo, chefe. Tem uma senhorinha aí no balcão da delegacia igualzinha a velha da foto. Que coincidência, né?
– Deixa de graça, Geninho. Traz ela aqui logo.
A idosa entrou na sala caminhando com dificuldade. Iatagan engoliu o café frio num só gole, deixando cair uma gota sobre a gravata.
– Bom dia, minha senhora! Em que posso ajudá-la?
– Bom dia, senhor. Estou procurando a minha neta. Ela não voltou pra casa hoje.
– Como é o nome dela?
– É Sabrina. Eu trouxe uma foto dela.
– Senhora, essa bolsa
– Olha isso! Só pode ser bolsa de rapariga. Me admira uma moça dessa não saber como o mar daqui é traiçoeiro.
– Pois é, Doutor. A informação que temos é que ontem a barraca do Chico do Caranguejo tava lotada e que choveu a noite toda. Chuva de vento.
– Parabéns, Eugênio. Se você continuar assim, vai virar agente logo logo. O caso está quase solucionado. Só falta ver o que tem dentro da bolsa. Pode abrir.
O assistente colocou as luvas de borracha, virou a bolsa sobre a mesa e com uma pinça foi separando os objetos.
– Quatro notas de cem reais, um baton vermelho, uma carteira de identidade, um terço de madrepérolas, a foto de uma velhinha e um iPhone branco todo encharcado... Ô dó!
– Agora ficou fácil, Geninho. Até a carteira de identidade tá aí. Qual o nome da princesa?
– É Clodoaldo José da Silva, doutor
– Eitaaa! Agora lascou. Esses baitolas vão acabar dominando o mundo. 400 reais? Quem paga isso pra um traveco? Só gringo mesmo.
– Chefe, parece que Sr. Clodoaldo foi enganado. As células estão soltando a tinta toda. Falsificação grosseira. Vou encaminhar para perícia técnica junto com o celular. Deve ser daquela casa de câmbio do Porto do Pecem.
– É Eugênio ... parece que a coisa não é tão simples e eu nessa dor de cabeça miserável. Ligue para o IML e para os hospitais da região. Veja quem deu entrada nas últimas 24 horas.
– Deixa comigo, chefe. Descanse um pouco. Eu gosto de plantão assim: animado.
– É, eu sei. Ô ressaca infeliz...!
Às onze horas da manhã, Eugênio retorna com um café e o resultado das investigações iniciais.
– Inspetor, o Sr. Clodoaldo não tem passagem na polícia. Ainda não o encontramos, mas deu entrada no pronto socorro da Varjota um polaco todo azunhado com o ouvido cheio de areia. É o Sr. Zauer Zielinski. O fogoió tá no soro glicosado há seis horas e não acorda. Pense numa cachaça, doutor!
– Vixe!
– Ah! Eu já ia esquecendo, chefe. Tem uma senhorinha aí no balcão da delegacia igualzinha a velha da foto. Que coincidência, né?
– Deixa de graça, Geninho. Traz ela aqui logo.
A idosa entrou na sala caminhando com dificuldade. Iatagan engoliu o café frio num só gole, deixando cair uma gota sobre a gravata.
– Bom dia, minha senhora! Em que posso ajudá-la?
– Bom dia, senhor. Estou procurando a minha neta. Ela não voltou pra casa hoje.
– Como é o nome dela?
– É Sabrina. Eu trouxe uma foto dela.
– Senhora, essa bolsa
é de Sabrina?
– É sim, senhor. Ela foi presa?
– É sim, senhor. Ela foi presa?
– Não, senhora. Ela sabia nadar?
Publica logo o episódio 2!
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