Honoré de Balzac 1799-1850
Um Eu demasiado poderoso é uma prisão da qual um homem deve se evadir, se deseja gozar plenamente os bens deste mundo.
Esse privilégio de sentir-se em casa em qualquer lugar pertence apenas aos reis, às prostitutas e aos ladrões.
Assim como o médico não deixa ver nada das suas apreensões ao seu paciente, da mesma forma o advogado mostra sempre uma fisionomia cheia de esperança ao seu cliente. É um desses casos raros em que a mentira se torna virtude.
O acaso é o maior romancista do mundo; para se ser fecundo, basta estudá-lo.
A igualdade pode ser um direito, mas não há poder sobre a Terra capaz de torná-la um fato.
A constância é o fundo da virtude.
O sentimento que o homem suporta com mais dificuldade é a piedade, principalmente quando a merece. O ódio é um tônico, faz viver, inspira vingança; mas a piedade mata, enfraquece ainda mais a nossa fraqueza.
Para os doentes, o mundo começa na cabeceira e acaba no pé da sua cama.
Terrível condição do homem! Não há uma das suas felicidades que não provenha de uma ignorância qualquer.
As mulheres, como as crianças, acham que tudo lhes é devido.
O bom marido nunca deve ser o primeiro a adormecer à noite, nem o último a acordar pela manhã.
A resignação é um suicídio cotidiano.
Os grandes erram sempre ao brincar com os seus inferiores. A brincadeira é um jogo, e um jogo pressupõe igualdade.
Comentários
Postar um comentário