Epitáfio do refugiado sírio em Beirute
Aqui jaz um homem morto
com o coração batendo
a sombra pesada
o peito vazio
que respira sem aparelhos
sem esposa sem filhas
sem morada
Aqui jaz um homem morto
que vaga por aí
sem as portas
das chaves que carrega
Aqui jaz um homem morto
em sua urna errante
insepulta
Aqui jaz um homem morto
sem descanso
sem paz
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Paranoia
“É como se a guerra tivesse me seguido”, disse o
refugiado sírio que perdeu as filhas e a esposa na explosão do porto em Beirute.
Moi, com o epitáfio do refugiado, você nos faz acordar; e mostra a cada um de nós, o nosso próprio epitáfio. Obrigado e um grande abraço do Carlinhos.
ResponderExcluirDramático.
ResponderExcluirChega a doer.
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