Estio
a orquestra altera o ritmo
o parceiro se afastaa dama gira mais solta
no balet do salão infinito
o próximo passo se inicia
quando a luz esfria
e os ventos apagam as cores
anunciando a carestia
plantas se podam
bichos estocam
aves mudam de lugar
hora de fugir ou guardar
sutil beleza de árvores nuas
sobre carpetes de folhas secas
vigiadas por nuvens raras
de um azul sem convicção
surdo quem não sabe escutar
a exuberância da introspecção
em seus matizes acastanhados
cego quem não sabe
que as estrelas mais belas
brilham melhor na escuridão
no balet do salão infinito
o próximo passo se inicia
quando a luz esfria
e os ventos apagam as cores
anunciando a carestia
plantas se podam
bichos estocam
aves mudam de lugar
hora de fugir ou guardar
sutil beleza de árvores nuas
sobre carpetes de folhas secas
vigiadas por nuvens raras
de um azul sem convicção
surdo quem não sabe escutar
a exuberância da introspecção
em seus matizes acastanhados
cego quem não sabe
que as estrelas mais belas
brilham melhor na escuridão
É poeta! Pronto, está decretado.
ResponderExcluir"sutil beleza de árvores nuas /
sobre carpete de folhas secas"
São versos magistrais! Lindos!
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirE eu gostei do oxímoro: "... a exuberância da introspecção".
ResponderExcluirPois é, Paulo. Fiquei tão feliz quando vi que tinha escrito isso.
ExcluirLindíssimo! Quanta sensibilidade e maestria!
ResponderExcluirMuito obrigado, Cláudia.
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